O petróleo seguiu trajetória de alta na última semana, com os preços dos barris atingindo os maiores valores desde 2014. O acirramento da tensão geopolítica entre a Rússia e a Ucrânia aumenta as preocupações em relação à oferta da commodity, em um cenário de demanda aquecida. Os preços do petróleo já vinham subindo com o aquecimento da demanda em um cenário de retomada da atividade econômica no pós-pandemia.
— O mercado está basicamente em suboferta persistente desde meados de 2020, graças aos cortes da OPEP + e uma recuperação contínua da demanda por petróleo. Reconhecemos plenamente que o mundo não está ficando sem recursos petrolíferos, mas podemos entrar em um aperto no mercado de petróleo desencadeado por muito pouco investimento e demanda por petróleo se recuperando rapidamente — disse Helge Andre Martinsen, analista sênior de petróleo da DNB ASA.
O receio é que um conflito entre os países possa afetar a distribuição de gás e petróleo da Rússia, um dos importantes players nesse mercado, para o restante da Europa. Na última semana de janeiro, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, anunciou que alguns de seus países-membros estão colocando suas forças de prontidão e reforçando as nações aliadas do Leste europeu, próximo às fronteiras russas, com o envio de mais navios e caças-bombardeiros. Além disso, o presidente americano, Joe Biden, disse que poderia impor sanções contra o presidente russo Vladimir Putin, caso o país invadisse a Ucrânia.
Ainda no mercado de petróleo, foram divulgados os estoques americanos na última semana. Contrariando as expectativas do mercado, os estoques subiram em 2,377 milhões de barris, alcançando o patamar de 416,19 milhões de unidades. Os números foram divulgados pelo Departamento de Energia dos EUA.
Uma série de bancos de Wall Street, incluindo o Goldman Sachs, previu que o petróleo chegará a US$ 100 o barril este ano.
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