A produção da indústria química caiu novamente neste mês de maio, um declínio de 1,92%, após queda de 19,35% em abril, segundo o que aponta o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). No entanto, as vendas internas cresceram 16,02% em maio, após o pior resultado histórico mensal em 30 anos, registrado em abril, quando a variável teve declínio de 35,68% sobre o mês anterior.
“No bimestre abril e maio, a produção teve uma queda acumulada de 20,9% e as vendas internas caíram 25,4% em comparação ao desempenho que o setor registrou em março, quando o País ainda estava no início da pandemia. Na comparação de maio de 2020 com igual mês do ano passado, o índice de produção caiu 21,34% e as vendas internas tiveram recuo de 27,54%. Em maio, o índice de utilização da capacidade instalada foi de apenas 61%, o mais baixo resultado da série do setor em 30 anos”, indicou a Abiquim, através de sua assessoria de imprensa.
De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o efeito da elevada ociosidade (39%) “somado ao delay que existe entre o comportamento de preços das principais matérias-primas do setor em relação ao mercado internacional resultou em custos unitários de produção elevados nos últimos dois meses, piorando ainda mais a já prejudicada competitividade das plantas locais em relação às congêneres no exterior”.
No acumulado de janeiro a maio de 2020 sobre igual período do ano passado o índice de produção caiu 7,26% e o de vendas internas recuou 12,75%. “A estimativa no acumulado dos primeiros cinco meses do ano é que essa situação gerou recuo de 10,2% no faturamento líquido em Reais do segmento de produtos químicos de uso industrial”, analisa Fátima.
Fonte: Agrolink, 30/06/2020